domingo, novembro 11, 2012

Às vezes, na estranha tentativa de nos defendermos da suposta visita da dor, soltamos os cães. Apagamos as luzes. Fechamos as cortinas. Trancamos as portas com chaves, cadeados e medos. Ficamos quietinhos, poucos movimentos, nesse lugar escuro e pouco arejado, pra vida não desconfiar que estamos em casa. A encrenca é que, ao nos protegermos tanto da possibilidade da dor, acabamos nos protegendo também da possibilidade de lindas alegrias. Impossível saber o que a vida pode nos trazer a qualquer instante, não há como adivinhar se fugirmos do contato com ela, se não abrirmos a porta. Não há como adivinhar e, se é isso que nos assusta tanto, é isso também que nos dá esperança.
Nós somos o que somos. Ser aparece nos olhos, no sorriso e nas atitudes. Somos o tudo aquilo que sentimos e acima de tudo o que carregamos em nossa alma. Podemos melhorar com tudo que lemos, com as pessoas que conhecemos e com quem deixamos nos conhecer.

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