Sonhos

Por André Lenz

A noite tinha acabado de chegar com todo seu mistério, depois de um dia de trabalho. Estou parado em frente à porta de casa. Entro e me dirijo ao sofá. Sento e relaxo um pouco.

A casa está vazia. Vou para meu quarto, tomo um banho e me visto. Me deito e começo a dormir.

Acordo com o barulho da minha esposa abrindo a porta. Ela entra no nosso quarto quando já e tarde da noite. Tira a roupa e vem para a cama. Então eu pergunto onde ela esteve até então e isso inicia uma briga. Eu levanto, pego forte no braço dela e a puxo. Ela pega um vaso e joga em mim. De repente acordo. Estava sonhando.

Minha mulher se assusta e me pergunta se tinha sido um sonho. Respondo que sim. Já sem sono, olho para ela e a beijo. Fazemos amor por horas e a magia entre a gente é muito grande. Parece que nos damos muito bem. Resolvo sair para buscar alguma coisa para o café da manhã. Pego minha Ferrari e sigo pela minha estrada particular em direção à loja de conveniência. Ainda com a noite em mente, eu me perco na curva e caio com meu carro pelo precipício.

Acordo, levanto e vejo a casa vazia. Ando por toda a casa e procuro minha mulher. Não a encontro em lugar algum. Então, vou até o telefone e ligo para o celular dela. Cai na caixa postal e fico desesperado. Já passam das três da manhã. Fico andando de um lado para o outro e ela não chega. Até que ouço um barulho na biblioteca e saio em sua direção. Não vejo ninguém e ao olhar para trás vejo um vulto empunhando uma arma direcionada para mim. Ele atira.

Acordo e vejo que tudo não passou de uma sucessão de sonhos. Levanto da cama suando e vou tomar uma ducha. Ultimamente minha vida tem sido tumultuada. Faz apenas dois meses que minha mulher me abandonou e ainda não estou aceitando essa perda. Eu a amava demais. Me pego sempre chorando e revendo as fotos de quando estávamos juntos. Ainda não consegui achar o motivo de tudo acabar.

Começo a chorar e choro feito criança. Acordo chorando como se o sonho tivesse tomado a forma de realidade. Olho ao meu lado em minha cama e ela está vazia. Lembro que ela sempre esteve vazia. Sinto falta de alguém. Me conformo com minha situação e penso que nunca vou arranjar alguém para poder parar de sonhar.

Dessa vez eu não vou acordar mais. Dessa vez eu não estou sonhando, mas bem que poderia estar… Então, eu volto a dormir!