quinta-feira, novembro 17, 2011

Vale a pena ter ciúme da ex do meu namorado?


Ah, vale! Vale sim! Mas só um pouquinho! Só um pouquinho! Meninas, eu sei, vocês sabem: amor também é feito de raivinha. De desconfiança. Quem ama chama pra guerra tudo o que for passado no cônjuge. O coração apaixonado tem sangue de branquinho, tem textura de borracha: quer zerar, quer limpar a folha corrida do companheiro. Mas não dá… Ciúme de ex é um treco chato!

Mas calma, cocada. Com um pouquinho de treino, com um farelo de sabedoria, dá para tirar leitinho da pedra do ciúme. Batuco a seguir uma pequena cartilha, uns apontamentos sobre a arte de tolerar a caderneta de lembranças sentimentais do seu amor:

1) PRATIQUE O CIÚME COM MODERAÇÃO: um chiliquinho suave, sem grito, sem muita duração, tudo isso é bastante apreciado pelo universo masculino (ainda que a gente diga o chavão: “Para de desconfiar de mim! Você tá doida! Não tem mais nada a ver… Acabou!” É bom saber que você tem medo de perder, que você se importa… Mas, repito, tem que ser de leve. Bem de leve. Porque é brincar com o perigo. Mulher que repete a toda hora, que torra a paciência, começa a limpar o termo “ex” da antiga namorada.

2) ACEITE A IDEIA DO INEVITÁVEL: que coisa linda a eternidade dos antigos romances. Ser ex é pertencer ao único tipo amor que dura para sempre. Dito isso, repita o mantra: não tem o que fazer! Não tem o que fazer! É brigar com um inimigo de vento, é dar soquinho na onda, é a luta mais inútil e a mais linda que se pode ter. Com esse tipo de coisa, convive-se. E pensando muito bem, faz até bem aceitar isso. Convido a comer o primeiro chocolate aquela que nunca amou um pouco mais só porque percebeu que sente um ciuminho tonto.

3) EXIJA SEUS DIREITOS: um macete que homem não costuma assumir para a mulher, mas que eu vou deixar escapulir aqui: sabe quando uma ex persegue um pouco o seu namorado? E daí, quando você o confronta, ele sai com a famosa: “Mas o que você quer que eu faça? Ela é que fica atrás!”. Pois bem, num fundo bem raso, o homem sabe que ele bem podia fazer mais. Podia afastar a ex. Ele que não quer. A tradicional covardia emocional dos machos é uma potencia quase irrefreável. A gente tem medo de briga sentimental. Dobra as maiores esquinas para fugir de um resmungo. Tem asco de barraco e preguiça de pontos finais. Por isso, vai na fé, meu mel. Se a ex estiver abusando da presença na sua vida, nada mais justo do que pedir ao moço uma colherada de bom senso. Você não precisa ouvi-lo falar dela. Você não precisa conviver frequentemente com a dita. Você pode e você deve querer que a vida siga, saudavelmente distante.

Por Marie Claire On Line

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