domingo, julho 24, 2011

Pode Ser?


Por Bárbara Cerejo

A atual campanha publicitária da Pepsi, além de muito criativa, me chamou atenção pela mensagem transmitida. Podemos levar tal idéia para outras situações de nossas vidas. A idéia principal desta campanha é o fato de que sempre queremos outras opções de refrigerante, mas às vezes não temos alternativa, senão escolher pela Pepsi, afinal essa é a única opção possível. No comercial, são apresentadas outras situações onde as pessoas também não tem outras opções a fazer, mas, surpreendentemente, justamente esta única opção que lhes resta é “muito boa”. Eles conseguiram desmistificar a idéia de que quando aceitamos/ficamos com aquilo que sobrou ou com a única opção possível no momento, é necessariamente uma coisa ruim. Na maioria das vezes, restringimos ao máximo nossas possibilidades e ficamos convencidos que apenas uma determinada escolha nos serve, desconsiderando quaisquer outras.


A vida, mesmo que ainda não tenhamos consciência disso, nos oferece infinitas possibilidades (boas e ruins), mas por algum ou vários motivos, nos fechamos para as mesmas. Para aqueles que se abrem a outras possibilidades, poderão surpreender-se e ver que há outras opções tão boas quanto a que buscávamos. Poderá acontecer o efeito inverso também, de não nos identificarmos, mas pelo menos não teremos mais essa dúvida. Não é uma questão de contentamento e sim de termos a capacidade de nos ajustarmos, adaptarmos diante uma situação da qual não temos controle. A sugestão é estamos abertos a experimentar outras possibilidades que a vida tem a nos oferecer. Poderemos ficar satisfeitos ou não, porém, só chegaremos a essa conclusão, se arriscarmos. Não ser tão radical com relação as nossas escolhas é saudável e necessário em alguns momentos. Ficar limitado a ir em busca apenas de algo que não está disponível para nós nesse momento, geralmente nos deixará frustrados, irritados, decepcionados, enfim, em uma verdadeira crise. Se não pensarmos em outras opções possíveis, sempre ficaremos nesse movimento.
Não digo para abandonarmos as nossas prioridades e ir em busca de “qualquer coisa” que nos ofereçam para suprir nossa necessidade. Toda escolha deve ser feita com consciência, acima de tudo. Opções que possam nos fazer mal ou nos oferecer algum tipo de risco já estão descartadas de antemão. O mais importante é aceitar e ter consciência que nem sempre teremos a “Coca Cola” que tanto queremos. O que você pode fazer para lidar com essa situação da melhor forma possível?

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