sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Sobrevida Amorosa do Gabriel - Capitulo 1 - 15/07/05


Era a primeira vez que Gabriel olhava diferente pra uma garota, não necessariamente uma garota, pois aos 9 anos podemos chamar de menina. Tinham crescido juntos, moravam na mesma rua a muito tempo e nunca esse tipo de sensação havia crescido em sua mente infantil de 12 anos de idade. Lógico que teve aquela vez que ele foi parar na diretoria aos 6 anos por estar comparando seus órgãos com o de uma menina atrás do banheiro do jardim de infância, mas claro que isso era uma curiosidade infantil, da mesma forma que espiar sua empregada nua no quarto penteando seu cabelo, sim, Freud explica, mas o ponto não era esse. Acontece que seus instintos estavam aflorando e aquele momento seria uma transição, pois ele que só pensava em brincar de carrinho ou andar de bicicleta nunca tinha caído na real de que o sexo oposto não fosse tão ruim como nas brincadeiras de pega pega ou nas panelinhas em sua escola. Não, era mais que isso! Quando estavam vendo televisão e viram um beijo na boca estava claro que um ar de graça infantil com um misto de vergonha tinha tomado o ar daquela sala no momento quando sem querer ela falou:
- Nunca beijei na boca, hahahaha, deve fazer cócegas.
Gabriel olhou Tatiana e como se fosse o maior expert no assunto respondeu:
- Não faz cócegas não, é gostoso.
Mas na verdade ele nunca tinha beijado na sua vida, toda aquela experiência e imponência não passavam de medo e calafrios pois não tinha a menor idéia de que gosto tinha, será que era de uva????
- Quer que eu te ensine????
Tatiana olhou com um ar de resposta positiva e como se fosse a coisa mais feia e cruel do mundo eles foram até o fundo da casa e tocaram seus lábios. Língua?? Que nada, nem sabiam que tinham que colocar, apenas tocaram seus lábios com pequenas mordidinhas carinhosas e aquilo que seria a primeira experiência de Tatiana na verdade tinha sido a primeira de ambos, o inicio de uma transição onde ele aprenderia que mulheres eram mais do que cabelos compridos a serem puxados, elas eram um ser diferente e enigmático, mas com certeza eram muito, mais muito lindas!

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