Transar ou não no primeiro encontro?

Tem mulher que jura que isso é coisa do passado. E homem também. Mas ainda está cheio de gente por aí que acredita que transar na primeira noite não é um bom cartão de visitas para uma mulher, ou ao menos depende da situação. O iG conversou com alguns homens para saber se o tabu ainda impera ou se é coisa do passado.

Rafael Assunção, estudante de 23 anos, diz que isso é coisa do passado. "Se a vontade de transar é grande para os dois, não há porque ficar se segurando. Mas eu vejo que muitas mulheres preferem não transar, com medo do que nós vamos pensar delas", afirma o jovem. "Não é o período que ela resiste que vai fazer com que eu me interesse por ela ou não".

Já Rafael da Costa não é tão liberal assim. Também estudante e com 27 anos, ele acredita que se a mulher transa na primeira noite, ele fica com o pé atrás. "Eu fico com a impressão de que ela transa com qualquer um. Pode parecer machismo, mas eu desanimo um pouco de investir em algo mais sério".

Deixar com vontade?

Entre os dois, está Richard Monteiro. O coordenador de vendas acredita que a mulher pode, sim, transar no primeiro encontro, mas que isso pode fazer com que ela perca a oportunidade de mostrar seu outro lado. "Se eu consigo a transa de primeira, talvez, eu não saia com ela de novo. Ela acaba não tenho a oportunidade de mostrar suas outras qualidades", diz o rapaz de 31 anos. "É uma coisa meio natural... Se você não faz sexo na primeira, acaba convidando para sair mais vezes. E só saindo mais de uma vez que pode virar um namoro".

Leandro Rocha também divide mais ou menos a mesma opinião. "As mulheres têm os mesmos direitos dos homens. Se só querem diversão, podem transar na primeira noite. Não sou eu que vou condenar", afirma o professor de 35 anos. "E eu só fico tentando convencer se acho que relação não passaria de uma noite de qualquer jeito. Senão, eu seguro a onda e deixo para os próximos encontros, para não assustar a moça", afirma ele.

"Mas tem um detalhe: se a mulher quiser tentar me conquistar, terá mais chances se me deixar com vontade. Às vezes, posso até não ter tanto interesse num primeiro momento, mas quem sabe ela consegue mudar isso...", afirma.

"Eu não gosto muito de mulher atirada demais", afirma Yuri Lins, 29 anos. E ele se defende dizendo que não fica insistindo. "Se eu acho que é uma mulher que valha a pena, eu não fico tentando levar para a cama. Prefiro deixar para depois, para não perder a graça". E é aí o gerente comercial reclama das que sugerem o sexo. "Se eu que sou homem me segurei, acho que ela deveria fazer o mesmo, senão, queima o filme, sim".

Moralismo demais?

Jorge*, administrador de empresas de 40 anos, conheceu sua namorada e transou na primeira noite com ela. "Isso não me impediu de me apaixonar e nem fez com que eu tivesse uma imagem ruim dela. Acho que esse tipo de pensamento é infantil", condena. "Somos adultos. Não há razão para moralismos bobos. Nossa primeira vez não foi uma rapidinha no carro. Rolou um desejo irresistível e foi uma noite maravilhosa".

Quem concorda é Luiz*, 31 anos, que também conheceu sua namorada e o sexo já rolou no primeiro encontro. "Nos conhecemos no final de semana anterior, mas nem nos beijamos. No sábado seguinte, saímos e acabamos no motel. Ela ficou muito encanada, achando que eu ia pensar mal dela, mas eu não pensei nada disso". Mas no fundo ele confessa que, se não fosse esse caso, talvez condenasse esse tipo de atitude.

"Se me perguntassem a mesma coisa há um tempo, eu ia dizer que não namoraria com uma mulher que fizesse isso". Mas, para ele, o contexto da situação conta muito. "Ela não chegou se esfregando em mim. Jantamos, conversamos muito, fomos para um bar e estava rolando um clima gostoso entre nós... Foi muito bacana".

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