sexta-feira, setembro 22, 2006

Busca

Liege Segre

Tenho buscado vida...
vida que me anime, encante,
Vida que traga regozijo ao semblante,
Luz ao olhar que se perdeu ao longe...
é distante,
Busco canto que canto com rouca voz,
Já não consigo alcançar a cadência do sustenido,
Apenas aflora as lágrimas...
Que todos os dias, sem excessão, virou rotina,
Vertem da alma, do peito amargurado,
Provocando soluços profundos...
Marcando meu semblante de saudades...
O amor, calor, o desejo de compartilhar,
Sufocado hoje está, não encontra cumplicidade,
Intimidade que faz latejar,
Latejar as glândulas, celulase nervos,
Prodduzindo substâncias tantas...
Mas pouco ou quase nada desta química é aproveitada.
Apenas causam dores...
Dores que pelo corpo se espalham.
Faz doer minhas entranhas.
Meus braços, meu corpo, em vida que se apaga,
Busca durante a madrugada,
seus braços que já não enlaçam,
Não tocam, não apertam com a intensidade...
dos desejos de outrora.
Quero vida, vida com você.
Você que também tanto mudou,
tanto se modificou, distanciou,
Você que me fez mulher....
Brotou no meu ventre a semente,
Que floreceu, desabroclhou, cresceu...
Virou mulher.
Quero resgatar os anos vividos,
Se possível for,se não o for de tudo,
apesar da dor,
Poderá ser um iniciar
de um relacionamento mais profundo,
O caminhar lado a lado,
o olhar que fala mais que as palavras,
O toque que faz sentir o ser todo coberto,
A segurança, a certeza que se é cuidada,
Amada, querida, lembranda, desejada,
Passar as datas lembradas,
resgatar a paixão de ser namorada,
Aniversários comemorados,
natais e ano novo brindados,
Noites embaladas, acarinhada,
Despertar e ser olhada,
olho no olho e não temer nada,
E um doce sorriso dizendo...
" Bom dia minha querida amada"




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